Falando Grego

My Life in Ruins - 2009

A vesguinha e simpática atriz/diretora/roteirista Nia Vardalos (voce acha que ela é grega ? Ela é canadense...) é uma guia turística em sua última excursão com um bando de pessoas desinteressadas na cultura rica da Grécia. Só querem fazer comprinhas. Qualquer semelhança com outros grupos de turistas que voce conheceu pelos cantos do mundo não é mera comparação. Aí então, surge um motorista apaixonado, as desquitadas decotadas, um tutor viúvo (o sempre brilhante Richard Dreyffus), cenas de pastelão, o concorrente da mesma empresa que anda no onibus melhor e por aí vai. Viaje com o filme.

Dicas da Grécia: o que falar das ilhas gregas, seus cruzeiros, suas cidades históricas, Athenas, Pathernon, as olimpíadas... está tudo lá esperando por voce, com muito mar azul, casinhas brancas e espírito grego de olhar a vida com outros olhos.

MAMMA MIA !

MAMMA MIA! - 2008

Mais um espetáculo da Broadway que foi parar nas telas. A história é simplinha de tudo pois o destaque fica para as músicas dos anos 80 do conjunto sueco ABBA nas vozes dos personagens de Meryl Steep, Pierce Brosnan, Colin Firth, Stellan Skarsgard, entre outros. A filha de Donna (Meryl) vai casar com um rapaz da ilha de Kalokairi, mas como não sabe quem é seu pai, envia convite para os 3 amores da vida da mãe com a intenção de que pelo menos um deles a acompanhe até o altar. Eles comparecem à festa e tudo é Dancing Queen, Voulez Vouz, The Winner takes it all, Chiquitita, com muito mar azul. Vale a diversão em família, subwoofer no talo e preferência por blu-ray. Depois do fim do filme, assista ao clipe de duas músicas com os atores travestidos de Priscilla, a Rainha do Deserto. Não consigo entender como em 2008 nem esse filme nem o High School Music concorreram a Oscar de música...e só tinha música xarope na premiação.

Dicas da Grécia: a fictícia Kalokairi do filme é conhecida como Skopelos e só a cena em que o caminho até a igrejinha do casamento está ornamentado de luzes, é um convite a visitá-la. Na verdade, qualquer ilha grega merece a consideração de fotos e mais fotos, pois o contraste do azul do mar com as formações rochosas e das casas brancas, chama a atenção do mundo todo. Evite o verão (a temperatura fica em torno dos 40º de dia) e o inverno (15º de dia e frio apenas à noite) e opte pela primavera (ainda não é muito quente e com muitas flores) ou outono, considerada a melhor estação pois ainda não esfriou de vez, os turistas estão em número reduzido e os serviços hoteleiros melhoram consideravelmente. Independente se o seu roteiro é filosófico ou arquitetônico, precisa conhecer a Acrópole, Partenon e Museu de Arqueologia (tudo em Athenas), templo do deus Poseidon (cabo Sounion) e as ilhas de Corfu, Égina, Poros e Hydra. O interior da Grécia, menos visitado pelos brasileiros, apresenta como atração a região do Peloponeso, canal de Corinthos, Mycenas, antiga Olympia e o oráculo de Delphos. Vale a pena ? Vai depender de duas coisas: se voce gosta de onibus e se o onibus tiver ar-condicionado. Acho melhor ficar pelas ilhas...

Dica de Cruzeiro: a melhor estação para fazer o sonhado cruzeiro grego é o verão (junho a início de setembro), mas os preços também são mais caros. São tantas opções que o mais importante é o navegante escolher um que passe por Creta, Olimpia, Rhodes, Mykonos ou Santorini. Fica difícil optar entre mais de 1.400 ilhas. Outra opção (menos luxuosa e mais aventureira) é fincar base em Athenas, por exemplo, e conhecer as ilhas pelo que os europeus chamam de island hopping, ou seja, pegar os ferry-boats entre as ilhas e quando chegar nas mesmas, alugar uma lambreta para passear pelas trilhas áridas. Outra opções são os cruzeiros que incluem Egito e/ou Turquia.

Dica de Viagem: seja na Grécia ou qualquer lugar do planeta, muitas vezes vale a pena tirar uma sesta (dormidinha das 14h as 16h) pois a maioria dos lugares comerciais fecha e o corpo humano precisa de um respiradouro para a noitada que está vindo. Na Espanha, caso seja como eu e insista em aproveitar a tarde logo após o almoço, é possível que voce, sua máquina fotográfica e sua teimosia sejam os únicos passeadores da cidade, como aconteceu na belíssima Zaragoza...