quarta-feira, 5 de maio de 2010

Cinema Paradiso

Cinema Paradiso - 1988

Na entrevista do diretor Giuseppe Tornatore em Cannes sobre a escolha do ator mirim que fez o personagem Totó, quando o menino foi questionado sobre o seu nome ele respondeu: Salvattore, mas pode me chamar de Totó. A relação entre o menino, louco para ser o aprendiz do operador de cinema (interpretado com pujança por Phillippe Noiret), nos arremeta a infância, a fase de descobertas na passagem para a juventude, a batalha ingrata do rural x urbano, o primeiro amor perdido... Tornatore não precisava fazer mais filme algum depois desse. Obra prima para ser vista com o coração. A cena inicial do vaso na janela frente ao mar, a do cinema na praça e a final, quando Totó, já adulto resolve assistir a um filme editado do velho operador de cinema, são de tirar o chapéu e o lenço do bolso para as lágrimas. Um drama banal e encantador. Ainda mais com a trilha de Ennio Morricone...

Dicas da Itália: a cidade de Giancaldo representada no filme não existe com esse nome, mas faz referencia a várias cidades do Mediterraneo, até porque os figurantes foram contratados dessas cidades, inclusive o menino Totó. A praça principal do filme pertence à cidade de Palazzo Adriano, perto da província de Palermo, capital da região da Sicilia, a pontinha da "bota" do mapa italiano. Alugue um carro (checar o site das autoestradas italianas), saboreie toda a gastronomia mediterranea sem pressa em boa companhia e muito vinho. Cansou disso tudo ? Sente e olhe para o mar, que a canseira passa...

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